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Setor imobiliário pós-pandemia: quais serão as principais mudanças?
- Finanças
- 07/04/2021
- 9 minutos de leitura
A pandemia provocada pelo coronavírus pegou a todos de surpresa e vem transformando o modo como fazemos absolutamente tudo, desde as nossas compras até a escolha dos nossos lares.
Assim como os outros setores, o setor imobiliário vem experimentando diversas mudanças pós-pandemia, e é sobre elas que você vai conferir ao longo deste post.
O novo normal já inclui muitas alterações na forma como cada um prioriza suas necessidades, mas ainda podemos esperar outras reviravoltas interessantes dentro desse cenário. Quer saber mais sobre o que estamos falando? Então, venha conosco!
Quais serão as principais mudanças no mercado imobiliário após a pandemia?
Depois que a pandemia começou, muitos ajustes foram necessários no dia a dia, exigindo que tanto as pessoas quanto as empresas se adequassem ao novo normal. Conheça agora as principais mudanças sentidas pelo setor mobiliário nesse período.
Forma de arquitetar, construir e morar
Uma das principais mudanças que já podemos perceber no cenário imobiliário pós-pandemia é a transição do foco arquitetônico da forma de morar para a forma de viver. O ambiente residencial vem se tornando aquele espaço onde tudo acontece. Com mais alternativas para o lazer, qualidade de vida e conforto em casa, sair nem sempre será a melhor opção.
Além disso, é preciso considerar que, com a pandemia e com a familiarização do isolamento social, muitos profissionais estão levando seus trabalhos para dentro de casa. Logo, aqueles que têm a opção do home office buscam adaptar ambientes para se manterem produtivos, mesmo que tenham que aderir a essas atividades na sua residência.
Localidades mais afastadas do centro
A pandemia mostrou a todos que a presença física é, muitas vezes, dispensável, e isso principalmente no que diz respeito a compras, reuniões de trabalho e eventos que não demandam interação material. Por isso, a necessidade de morar perto do centro da cidade se torna cada vez menor. Com o acesso à internet, a descentralização do mercado imobiliário é muito mais viável.
Hoje, é possível resolver muitas situações sem sequer precisar sair de casa. Isso facilita não apenas a rotina pessoal, mas também contribui para aspectos maiores, como uma redução do trânsito e uma melhora da mobilidade urbana.
Atemporalidade dos projetos de design
Você já deve ter percebido que muitos projetos de design têm uma validade curta. São os chamados modismos, ou seja, desenhos que são pensados para uma necessidade muito específica e que dificilmente acompanham os moradores por longos períodos.
Com a pandemia, a necessidade de conforto em casa fez com que as pessoas pensassem cada vez mais em projetos ousados, que transformassem os ambientes em espaços extremamente aconchegantes e funcionais, para receber amigos íntimos e familiares. Com isso, o design é pensado, sobretudo, para o médio e longo prazo.
Arquitetura da hospitalidade
A arquitetura da hospitalidade é uma tendência que ganhou força com a pandemia. As áreas de convivência, como são chamados aqueles espaços propícios para a interação e comunicação, se transformaram em ambientes mais virtuais do que físicos, principalmente nas empresas.
Por isso, é provável que um dos maiores investimentos do setor imobiliário pós-pandemia seja justamente a procura por locais com grandes varandas e quintais, por exemplo. A busca por coworkings também poderá crescer, aproveitando imóveis como casas para transformá-los em espaços multifuncionais.
O que esperar desse mercado no pós-pandemia?
Para entender qual é a perspectiva para o mercado imobiliário daqui para frente, conversamos com o presidente da Direcional, Ricardo Ribeiro, que ajudou a entender os próximos passos do segmento.
Para Ricardo, a retração do mercado é algo a se esperar no decorrer da pandemia, visto que alguns dos impactos só serão percebidos à frente. Aquelas empresas que conseguiram administrar bem a crise até aqui ainda podem vir a enfrentar dificuldades. Muitas demissões provavelmente ainda estão por vir.
As famílias que passarão por esse momento muito provavelmente encontrarão barreiras ao tentar financiar um imóvel. Mas uma retomada importante também é prevista por Ricardo assim que essa crise toda amenizar.
O presidente é bastante otimista em relação ao período pós-pandemia. Para ele, quem conseguir atravessar esse momento delicado e chegar ao outro lado com estabilidade e fôlego de capital vai conseguir aproveitar as oportunidades que, inevitavelmente, surgirão. Ainda assim, ele salienta que essa retomada pode ser bastante lenta.
Do ponto de vista econômico, Ricardo também menciona que existe um aspecto positivo, que é a expectativa de taxas de juros menores, que podem contribuir especialmente com aqueles grupos familiares que possuem uma faixa de renda mais baixa. Então, com a passagem da crise, os empregos tendem a voltar, assim como a geração de renda.
Quando é o melhor momento para começar a investir?
Para quem pretende investir no setor, a dica é observar a relação entre coronavírus e mercado imobiliário. O segmento vai ser um dos protagonistas na retomada econômica do país, juntamente com setores como o agronegócio e o de alimentos. Isso significa que a recuperação virá acompanhada de ótimas oportunidades e, possivelmente, taxas mais atrativas.
Os financiamentos habitacionais estão em alta entre aquelas famílias que conseguiram manter a estabilidade financeira em meio à crise, o que significa que as pessoas continuam construindo e comprando seus imóveis. Isso amorteceu os impactos para o setor imobiliário.
Para o período pós-pandemia, é possível esperar mais facilidade nas negociações a distância, sistemas avançados de segurança nos condomínios, valorização de projetos profissionais de arquitetura e uma diversidade maior de opções de lazer dentro da estrutura dos condomínios.
Quais são as tendências no mercado imobiliário após a pandemia?
A movimentação no mercado imobiliário segue acontecendo, mesmo durante a pandemia. Esse é um indício importante de que, com a necessidade de ficar em casa, as famílias estão revendo suas prioridades e as condições dos imóveis nos quais estão morando. As necessidades agora são outras.
Espaços mais amplos, conforto, cômodos suficientes para instalar a família e o trabalho no mesmo imóvel: tudo isso mexe com as tendências para o setor. Se antes a movimentação era em busca de ambientes compartilhados e mais compactos, agora as palavras de ordem são espaço e isolamento.
Praticidade e qualidade de vida também entrarão na conta. A pandemia trouxe consigo uma ótima oportunidade de rever o estilo de vida e, em função disso, estar com a família ou com os amigos mais próximos ganhou uma nova importância.
A tecnologia não deixa por menos e oferece comodidades importantes, como um serviço imobiliário por streaming, por exemplo, que promete mudar a forma como as pessoas estão acostumadas a alugar suas residências.
Com um aporte mensal, como uma espécie de “Netflix do aluguel”, o grupo familiar ou o indivíduo pode alugar uma casa, um apartamento ou outro imóvel, de acordo com a sua necessidade, pelo tempo que precisar. Isso tudo com muita liberdade e pouquíssima burocracia.
Existe também um movimento em busca da compra e financiamento de imóveis, bem como da construção de projetos do zero, para atender a necessidades específicas. Em geral, muitas pessoas querem sair do aluguel e investir em algo próprio, que proporcione estabilidade. Um forte aliado, nesse caso, é o programa Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa Minha Vida), que promete manter o setor aquecido nesse período.
E então, agora que você já sabe o que esperar o cenário pós-pandemia no setor imobiliário, quais dessas mudanças você acredita que gerarão maior impacto na vida dos brasileiros? Conte nos comentários!
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